quarta-feira, 17 de novembro de 2010

    Tudo o que faço ou medito. 
    Fica sempre na metade. 
    Querendo, quero o infinito. 
    Fazendo, nada é verdade.
    Que nojo de mim me fica.
    Ao olhar para o que faço! 
    Minha alma é lúdica e rica, 
    E eu sou um mar de sargaço ... 
    Um mar onde bóiam lentos 
    Fragmentos de um mar de além... 
    Vontades ou pensamentos? 
    Não o sei e sei-o bem.
    Fernando Pessoa, 13-9-1933

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